"Por que insisto em questionar as lágrimas que caem do céu que eu inventei em mim, se elas são chuvas essenciais que me fazem compreender a vida? Elas me fazem saber que nem sempre acerto, nem sempre erro, porque nem sempre sei o que é certo ou errado, senão o acerto e o erro que eu sinto em mim... Sim! Como substantivos e não adjetivos! O acerto e o erro individuais, estimulantes da noção da pluralidade de valores e de percepções de conduta! Para este velho índio, o acerto está na consciência de que o erro nos faz crescer... e isso é, inquestionavelmente, viver. O erro está na busca obstinada do acerto... e isso é, tão somente, existir. Prefiro então o colorido erro da vivência... ao pálido acerto da existência. Por acolher o erro e escolher viver, admito, então, prosseguir chorando as lágrimas que caem do céu que eu inventei em mim..."
( xamã Sherotáia Kê Takoshemí )
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