É quando independe de nós essa pessoa estar presente;
É quando nosso coração não nos obedece, se torna rebelde, se oferece;
É sonhar acordado ou dormindo sem que saibamos ver a diferença;
É quando vemos rosa no cinza, vermelho no preto, azul no incolor;
É quando passamos a gostar do que antes não tinha o menor valor;
É quando um sacrifício se torna um simples ato de oferenda, voluntária e de bom coração.
É quando um riso vem com uma lágrima e uma lágrima vem cheia de perdão;
É quando, se magoamos, sentimos que dói mais na gente que no outro;
É quando esperamos pelo futuro como se ele fosse chegar amanhã;
É quando aprendemos com o outro coisas que jamais poderíamos ter imaginado;
É quando ensinamos coisas que não suspeitávamos que sabíamos;
Amar é morrer de amor e sentir que a vida está nascendo lentamente dentro da gente;
Amar, é dar o presente da eternidade à pessoa que se ama;
É encontrar no fundo da gente um cantinho permanente onde o outro poderá habitar até o depois, até o muito além do depois.
Amar é, finalmente, aceitar o outro como ele é, quem ele é e o que ele é.
E dar o coração de presente para que o outro sinta que é a pessoa mais importante na vida da gente.
Texto de Letícia Thompson
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