Resiliência


Limão e Limonada

As Ciências Humanas estão sempre tomando emprestado das Exatas, termos e conceitos.

A última novidade vem da Física e atende pelo nome de resiliência. Significa resistência ao choque ou a propriedade pela qual a energia potencial armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão incidente sobre o mesmo.

Em Humanas, a resiliência passou a designar a capacidade de se resistir flexivelmente à adversidade, utilizando-a para o desenvolvimento pessoal,profissional e social. Traduzindo isso através de um dito popular, é fazer de cada limão, ou seja, de cada contrariedade que a vida nos apresenta, uma limonada, saborosa, refrescante e agradável.

Aprendi que não adianta brigar com problemas. É preciso enfrentá-los para não ser destruído por eles, resolvendo-os.

E rapidamente, de maneira certa ou errada. Problemas são como bebês, só crescem se forem alimentados.

Muitos deles resolvem-se por si mesmos. Mas quando você os soluciona de forma inadequada eles voltam, dão-lhe uma rasteira e, aí sim, você os anula corretamente.

A felicidade pontuou Michael Jansen, não é a ausência de problemas.

A ausência de problemas é o tédio.

A felicidade é quando grandes problemas são bem administrados.

Aprendi a combater as doenças. As do corpo e as da mente. Percebê-las, identificá-las, respeitá-las e aniquilá-las.

Muitas decorrem não do que nos falta, mas do mal uso que fazemos do que temos.

E a velocidade é tudo neste combate. Agir rápido é a palavra de ordem.

Melhor do que ser preventivo é ser preditivo.

Aprendi a aceitar a tristeza.

Não o ano todo, mas apenas um dia, à luz dos ensinamentos de Victor Hugo.

O poeta dizia que "tristeza não tem fim, felicidade sim". Porém, discordo.

Penso que os dois são finitos. E cíclicos.

O segredo é contemplar as pequenas alegrias ao invés de aguardar a grande felicidade.

Uma alegria destrói cem tristezas...

Modismo ou não, tornei-me resiliente.

A palavra em si pode cair no ostracismo,mas terá servido para ilustrar a atitude cultivada ao longo dos anos diante das dificuldades, impostas ou auto-impostas, que enfrentei pelo caminho,transformando desânimo em persistência, descrédito em esperança, obstáculos em oportunidades, tristeza em alegria.

Nós apreciamos o calor porque já sentimos o frio.

Apreciamos a luz porque já estivemos no escuro.

Apreciamos a saúde porque já fomos enfermos.

Podemos, pois, experimentar a felicidade porque já conhecemos a tristeza.

Olhe para o céu, agora!

Se for dia, o sol brilha e aquece.

Se for noite, a lua ilumina e abraça.

E assim será novamente amanhã.

E assim é feita a vida.

Por Tom Coelho

Os buracos não deixarão de existir

Se pensarmos na vida como um longo caminho, podemos fazer analogias interessantes. A começar pelos tão comentados obstáculos que temos de aprender a ultrapassar ao longo dos anos...

Uns maiores, outros menores, cada qual traz consigo seu nível de dificuldade, suas consequentes dores e seus preciosos aprendizados. Mas hoje quero falar, sobretudo, dos buracos. Alguns rasos, outros nem tanto. E existem também aqueles que, de tão profundos, quando caímos neles costumamos usar a expressão "cheguei ao fundo do poço!".

É claro que ninguém gosta de cair em buracos. Por menores e mais rasos que sejam, no mínimo nos desestruturam e nos fazem perder o "rebolado". Mas o fato é que eles fazem parte de todos os caminhos, de todas as pessoas, sem exceção, embora sejam sempre únicos.

O problema é quando alguém busca conhecimento, estuda e se sente tão crescido que passa a acreditar que isso é o suficiente para eliminar os buracos de seu caminho, para fazer com que eles simplesmente não existam mais. Iludido e enganado por si mesmo, ao se deparar com um, vai ter de lidar ainda com a decepção, a frustração e a sensação de que toda busca não valeu de nada!

Não caia nesta armadilha! Saiba de antemão que os buracos vão existir pra sempre. A diferença entre quem está consciente de si e de seu caminho e quem não está, é que o primeiro vai saber evitar o tombo desviando a tempo do buraco ou, pelo menos, levantar, sair dele e seguir em frente mais rapidamente e, tomara, menos machucado.

E tem mais: podemos perceber, com a repetição de nossas quedas, que muitos dos buracos de nossos caminhos são incrivelmente parecidos, justamente porque a função deles é nos ensinar a mais difícil de todas as lições.

Portanto, se sua lição mais difícil é aprender a ser menos teimoso, ou menos ansioso, ou menos inseguro, ou menos desconfiado, note bem: toda vez que você se distrai ou acelera o passo mais do que deveria, cai num buraco em que parece já ter caído inúmeras vezes antes.

Não é o mesmo! É outro! É novo! Ele se repete à frente para que você acorde e, a cada queda, consiga levantar com mais habilidade, e seguir em frente não reclamando e se lamentando por ter caído mais uma vez; não se criticando e se culpando por ter sido estúpido novamente. Não! Não há nenhuma estupidez na repetição do aprendizado, mas sim vivência, privilégio e sabedoria!

Assim, se você está agora no chão, se acabou de cair num buraco do seu caminho, não se sinta uma vítima e sim um escolhido pelo Universo para se tornar mais forte e mais preparado. Erga-se, mesmo doendo. Saia do buraco, mesmo chorando. E dê um passo à frente, e depois outro e outro, com a certeza de que pode ir bem mais longe...

Outros buracos virão. Novas cicatrizes ficarão cravadas em sua alma. E tudo isso será a prova de que você não veio como espectador e nem como coadjuvante de sua história. Você veio como protagonista e vai chegar até o fim com a dignidade de quem não apenas cumpriu o seu destino, mas o esculpiu com coragem, fé e atitude!

(Rosana Braga)

Alcemos vôo!

"Imaginem onde querem estar... e assim será", do personagem Maximus, no filme Gladiador.

Quem disse que nos achamos restritos à prisão do nosso corpo?

Alcemos vôo! Não subestimemos o poder insuspeitado da nossa imaginação. Nela é implícita a alavanca das leis potentes da sintonia, da tão propalada Lei da Atração!

Através dela alçamos vôos rumo a pessoas e lugares os mais distantes. Decolando a partir da imaginação, concretizamos a todo momento situações desejadas - e indesejáveis; atraímos seres amados e imbuídos em mesmo entendimento e intenção; solucionamos problemas antes aparentemente insolúveis - outros são criados por invigilância, por descuido para com o funcionamento desta Lei soberana nas dimensões todas do Universo.

Assim, não esmoreci a fé.

Pensei saúde nas aflições orgânicas, nos desassossegos eventuais da alma: e saúde e paz de espírito me brindam!

Pensei comunhão, solidariedade e companheirismo - e eis ao meu redor seres afins em ideais de amor, de harmonia, de veneração à vida!

Pensei realização, co-criação, renovação - e alcei voo rápido rumo a situações floridas que coloriram e me renovaram os cenários do dia-a-dia!

Não lamentemos o mal - realizemos o bem!

Não falemos de derrotas - só admitamos a vitória!

Não cultivemos mágoas e recordações tristes - insistamos na página em branco do agora, pleno de possibilidades de felicidade!

Não nos iludamos com sombras e morte - são contrastes fugazes da Luz eterna da Vida!

Escolham, pois, convictos, as vossas metas! Não há restrições nem limites! E alcem vôo! O que alcançarão será, em tempo certo, e rigorosamente, não menos que a medida exata dos vossos mais secretos sonhos!

"A SEMEADURA É LIVRE - A COLHEITA, OBRIGATÓRIA!"

Em 2009 - E sempre!

Aprenda a se amar

Você já reparou que por vezes queremos abraçar o mundo, quando na verdade não conseguimos abraçar a nós mesmos? Qual foi a última vez que você se abraçou?... Queremos cuidar de todos, enquanto não conseguimos, ou não sabemos, cuidar de nós e nem daqueles que amamos.
Quando não recebemos amor e atenção de nossos genitores da forma que desejávamos na infância, passamos a vida em busca deste amor em forma de reconhecimento e aprovação. Esperamos sempre, consciente ou inconscientemente, que alguém reconheça nosso valor e, quando não acontece, perdemos nosso referencial interno e também nossa auto-estima. Esperamos aprovação pelo que fazemos e, acima de tudo, pelo que somos e realizamos. E por não sermos reconhecidos, principalmente por pessoas significativas, deixamos de acreditar em nossa capacidade. Assim, passamos a buscar amor sempre no outro, e nunca dentro de nós. Esquecemos o quanto é essencial aprendermos a nos amar. Em alguns momentos, perdemos nosso amor-próprio e com ele nossa confiança, por isso a opinião dos outros se torna tão importante. Quantas vezes você disse a si mesmo do seu próprio amor? Quantas vezes você disse que se ama? Nunca? Pode ser! Mas sempre é tempo para começar.

Do mesmo modo que nosso físico precisa de água e comida, nossas emoções também precisam ser alimentadas. Mas estamos sempre esperando que o outro nos ame, nos abrace, que reconheça nosso valor, demonstre o quanto somos importantes, pois não nos sentimos capazes. Por que não nos amamos? Não nos aprovamos? Não nos sentimos importantes? Já pensou que se não nutrirmos estes sentimentos por nós mesmos, como podemos esperar que alguém o faça, e ainda mais, que faça melhor que nós? Por que desprezamos tanto nossa capacidade? Já pensou sobre isso?

É preciso aprender a identificar cada sentimento, sabendo o que sente e depois respeitar estes mesmos sentimentos e não desprezá-los. Não nos respeitamos e depois reclamamos que os outros não nos respeitam. Quantas vezes você sentiu algo e ignorou este sentimento para você mesmo? Geralmente isto acontece porque durante a vida, as pessoas tidas como significativas, ignoraram suas reais necessidades emocionais e com o tempo você aprendeu a fazer o mesmo. Por que desprezaram sua dor, você vai fazer igual? Pare com esse círculo vicioso. Olhe para dentro de você. Não como quem olha no espelho, superficialmente e tentando encontrar algum defeito, e porque até neste momento a imagem refletida é invertida. Olhe de verdade para dentro de seu ser, de sua alma. Deixe o medo de lado, pois ele não permite que você cresça. Enfrente-o e acredite que irá descobrir muitas qualidades que talvez ninguém reconheça, mas que há dentro de você. E se encontrar defeitos, quem não os têm? Olhe para eles com carinho, para mudar cada um, se quiser.

Transforme este momento no que podemos chamar verdadeiramente de crescimento, evolução. Liberte-se das necessidades não supridas de amor, aprovação, reconhecimento e saiba que só você pode se aprovar. Aprenda a se abraçar, se respeitar, se aceitar, se amar. Dê a si mesmo todo o amor que espera receber de alguém, pois só assim você poderá realmente ser amado e amar. Liberte-se das culpas, perdoe e perdoe-se! Liberte-se também das mágoas e dos ressentimentos do passado que só aprisionam e machucam tanto.

Agora, com as mãos livres, faça o seguinte exercício: coloque sua mão direita sobre seu braço esquerdo e sua mão esquerda sobre seu braço direito. Pronto! Você está aprendendo a se abraçar. Abrace-se com carinho, fale do quanto você é capaz, do quanto você pode conquistar com seus próprios méritos. Fale do quanto acredita em você e, principalmente, do quanto você se ama. Fale que a partir de agora, só você mesmo pode aprovar ou não o que faz. Se ninguém o ama, você se ama. Se ninguém vibra com suas conquistas, você mais do que ninguém passará a valorizar e a celebrar cada uma delas.

Não espere mais que o "outro" venha salvá-lo, venha aprová-lo e reconhecer tudo de bom que você faz. Pare de colocar sua vida e seus sentimentos, que é tudo que você tem de mais valioso, nas mãos de alguém. É claro que você pode dividir tudo isso com alguém que seja muito especial e que o ame muito, do contrário, guarde tudo só para você.

Agora olhe para dentro de você, sem medo, para que possa se descobrir. Perceba sua essência, deixe brilhar sua luz, pois só assim encontrará paz e poderá valorizar sua maior dádiva: sua vida neste momento presente! Afinal, o passado já se foi... e o amanhã, ah, o amanhã! Quem saberá? Por isso, a hora de começar é agora, faça seu melhor já! Comece irradiando amor... primeiro por você, depois poderá contagiar aqueles que ama.

Texto de Rosemeire Zago(psicóloga clínica, com abordagem junguiana e especialização em Psicossomática).

Consciência

"Não se deixe afetar por sentimentos e emoções momentâneas. Sempre há um espaço entre estímulo e resposta. Procure, nesse espaço, responder criativamente e construtivamente. Não permita que suas ações voltem como um bumerangue na forma de desapontamento. Os princípios básicos da vida são eternos, nunca mudam. Princípios como gentileza, respeito, honestidade, integridade, empatia, compaixão. Por trás desses princípios está o mestre: a consciência. Consciência é a calma, pequena e pacífica voz interior. Ela nos ensina que o fim e os meios são inseparáveis".

BK Surendran, Thoughtful and Truthful Living, The World Renewal, July, 2005

Passando pelo fogo


"Entre os quatro elementos, o fogo é o meio de transformação mais radical:
nada resiste a ele. Por isso, a tradição iniciática ensina que, para
transformar-se, os seres humanos devem passar pelo fogo, não o fogo físico
naturalmente, mas o fogo psíquico. E no plano psíquico, existe o fogo do
sofrimento e o do amor divino. Pelo fogo do sofrimento devem passar
obrigatoriamente todos aqueles que estão tão endurecidos, que só as provas
poderão induzi-los a refletir e obrigá-los a mudar a sua conduta.
Para escapar do fogo do sofrimento devemos trabalhar com o fogo do amor, que
nos transformará tornando-nos luminosos e radiantes. Ele nos envolverá nas
suas chamas sem nos queimar. E mesmo que ainda tenhamos que sofrer, pois
ainda estamos na terra, saberemos como atravessar esses sofrimentos. O fogo
do sofrimento constrange e torna o homem escravo, o fogo do amor o liberta."

Omraam Mikhaël Aïvanhov

Encare!

Você não consegue mudar o que não consegue encarar.Por isso, onde quer que você se encontre, é exatamente onde precisa estar, nesse momento.

Quando você estiver pronto para fazer uma coisa nova,
de maneira nova, você fará.
Há sempre alguém à espera da pessoa na qual você está se transformando. Talvez, você ainda não esteja pronto
para reconhecê-la.

A cada momento, cada um de nós está passando pelo processo
de ser e de se tornar. Como as pessoas, os nossos relacionamentos também mudam.
E ainda há muito a aprender sobre o AMOR...

Ainda há muito a ser realizado.
Apesar de muitos problemas, há Esperança, Fé, Alegria,
há o AMOR... Deus sabe de tudo que nos é necessário.

"Obrigado, Deus, por me amar o suficiente e permitir
que me aconteça somente aquilo com que eu consigo lidar,
quando acontece. Obrigado por Quem eu me tornarei
através de tudo que me acontece."

(James Baldwin)

Boas Festas


A todos que fizeram parte desta linda roda de AMOR, plantando, comungando e semeando LUZ, nosso MUITO OBRIGADA e o desejo sincero de muita SAÚDE, FELICIDADE, ALEGRIAS E PROSPERIDADE para este Natal, Ano-Novo e sempre!
Abraço forte,
Janita

Postais Virtuais de Ano Novo




Postais Virtuais de Natal












A Presença Essencial


O Natal é uma festa de aniversário
onde a maioria das pessoas anda esquecendo
de convidar o próprio aniversariante.
No final do ano todos se preocupam
com a comida e com a bebida,
porém se esquecem do mais importante da festa.
A cada ano que passa, as pessoas parecem afastar-se
cada vez mais do verdadeiro significado
deste dia tão importante: o nascimento daquele que
mudou a história do mundo
e até hoje é o mais completo e perfeito
exemplo do verdadeiro amor.
Todos estão preocupados em comprar presentes e,
se a família for numerosa,
têm o cuidado de não esquecer ninguém.
Escolhem até quem vai vestir a roupa do Papai Noel
na noite de Natal, perguntando-se se as crianças vão gostar...
Até parece que o Natal é a festa do Papai Noel.
NATAL É A FESTA DE CRISTO!
É o momento de reafirmarmos Sua presença
em nossas vidas e as dádivas que nos deu.
Por mais que as dificuldades tenham persistido
em cruzar nosso caminho,
vamos refletir sobre as boas coisas que Deus nos mandou.
E não digo coisas materiais.
Falo dos beijos que seus filhos lhe deram,
dos abraços dos amigos, do carinho da pessoa amada,
e até do simples sorriso de um conhecido na rua.
Neste ano, antes da ceia,
mesmo que você esteja entre muitas pessoas,
reúna seus amigos, dêem as mãos e façam uma oração.
Lembrem-se sempre que somos abençoados por Deus!
Tenha certeza que Ele sempre estará ao seu lado,
e faça deste Natal o mais feliz da sua vida.

Roberto Shinyashiki

Oráculo da Deusa

"Sou quem sou
E sei quem sou
Posso cuidar de mim mesma
Em qualquer circunstância
E posso deixar os outros cuidarem de mim
Posso escolher
Não existe autoridade
Mais elevada que a minha
Meu poder de discernimento é finamente aguçado
Tenho autonomia
Estou livre da influência
Da opinião dos outros
Sou capaz de separar
O que precisa de separação
Assim uma decisão lúcida
Pode ser alcançada
Penso por mim mesma
Ajusto a mira
E aponto o arco
Minhas setas sempre atingem o alvo"


Fonte: Livro Oráculo da Deusa - Editora Pensamento

Significado do Oráculo:

Ártemis atirou sua flecha de individualidade na sua vida para ajudá-la a concentrar-se em si mesma.
Você tem estado demasiadamente a serviço dos outros sem certificar-se de que conseguiu o que necessita para si mesma?
Há muito não tem um tempo ou um espaço ao seu?
Os limites da sua individualidade parecem difusos e indistintos?
Você sente que não tem direito a uma personalidade própria, mas deve sempre pensar nos outros, colocando as necessidades deles em primeiro lugar, até não saber mais quem é nem o que quer?
Agora está na hora de ser você mesma.
Está na hora de prestar atenção às vozes sussurantes das suas próprias necessidades. Está na hora de resgatar a si mesma, e celebrar e fortalecer a pessoa que você é.
Ártemis diz que a integridade é alimentada quando você honra, respeita e dedica tempo a si mesma. Ela também pergunta como você esperar atingir quaisquer alvos se não tem um eu a partir do qual atirar?
Fonte: Oráculo da Deusa - Editora Pensamento

Carla Lampert
Magdala - Grupo de Estudos de Espiritualidade Feminina
Postado em http://femininoessencial.blogspot.com/

As Diferenças entre as Pessoas

A liderança e a participação eficaz em grupo dependem essericialmente da forma como o líder e os membros do grupo convivem com as diferenças interpessoais.

Em que consiste essa diferença? Mais do que a diferença na aparência física, consiste em saber lidar com pessoas diferentes na forma de pensar, sentir e agir.

Você já parou para pensar em como é a forma que você se relaciona com as ressoas ao seu redor? O que você espera delas? O que essas pessoas esperam de você? O que você espera de si mesmo?

Muitas vezes esperamos tanto dos outros que freqüentemente nos sentimos frustrados por eles. Isso ocorre porque nos relacionamos com as pessoas partindo de nossas próprias referências pessoais. Então, por exemplo, se penso que ser pontual é fundamental para mim, automaticamente espero isso do outro. Só que nem sempre isso acontece, o que me revolta e afeta minha relação com as pessoas que se atrasam e me fazem esperar. Mas, será que o outro é obrigado a atender às minhas expectativas? Quem me garante que isto ocorrerá sempre? A base para começarmos a lidar com outras pessoas de forma eficaz é nos conscientizarmos que:

AS OUTRAS PESSOAS SÃO DIFERENTES DE MIM.

Cada pessoa é um ser único no mundo, com uma história de vida própria somente por ela experimentada. Você já parou para pensar que ninguém pode sentir o que voce sente, da forma como voce sente ? A sua alegria é só sua, a sua dor e tristezas são só suas. A forma como voce enfrenta uma perda, por exemplo, é diferente da forma de outra pessoa. Porque você é um ser singular neste mundo, nem os gêmeos pensam e sentem de forma igual. Muitas de nossas dificuldades nas relações estão justamente porque esperamos que o outro aja confórme nós agimos. Quando encontramos alguém parecido conosco, que alegria! Esse encontro nos traz satisfação e reconhecimento. É ótimo nos relacionarmos com uma pessoa que pensa de forma semelhante à nossa. Mas, quando o contrário acontece, que desastre! Entramos em conflito. Como vamos "corrigir" esta outra pessoa? Como vamos conviver com ela?

Se realmente você entende que o outro é diferente de você, esse conflito será tratado nas suas devidas proporções. Então, as atitudes dos outros não terão o peso de serem da forma como você espera. Por exemplo, se uma pessoa esqueceu seu aniversário e ela continua sendo sua amiga. não é porque ela não gosta suficientemente de você, pois você não esqueceria o aniversario dela, pode ser que comemorar um aniversario não seja tão importante para ela, como é para você (por mais incrível que isso possa parecer).

Antes de compreendermos e aceitarmos a diferença do outro, devemos compreender e aceitar a nossa própria diferença. Devemos também não nos culpar por não sermos como o outro quer que sejamos. Devemos reconhecer que podemos errar, que somos limitados e que não atenderemos sempre ás expectativas dos outros. Assim, começamos a perceber que não é dificil conviver com o diferente, mas e difícil pararmos de agir com o outro como se esse outro fosse nossa extensão ou como se fosse nós mesmos.

Psicóloga Flávia Machado
Psicoterapeuta Existencial
Monitora da SAEP

Estado do Mundo

Quanto mais vemos o mundo através da mídia,
mais pensamos nele como estando fora de controle.
Incapazes de sentir que nossas vidas são parte da
história, tentamos nos separar daquilo que
percebemos como sendo caótico e perigoso.
Apreensivos e defensivos, recuamos do conflito mundial.
Porém, se acreditamos que nossos pensamentos
e ações repercutem nos outros, a moralidade
entra na equação. Nenhum de nós é verdadeiramente
feliz se aqueles que estão próximos não estão.
Nossa própria bondade será refletida de volta para
nós através da felicidade dos outros.

Mike George, Learn to Relax, DBP, London, 1998

O Abraço

Dizem os orientais que, quando abraçarmos uma pessoa querida a quem amamos, devemos fazer da seguinte forma:
inspirando e expirando três vezes, e aí sua felicidade se multiplicará pelo menos dez vezes.

O efeito terapêutico do abraço é inegável. Diante disso não podemos esperar para abraçarmos a quem queremos bem.

Se você estiver sentindo um vazio interior, tente abraçar o seu amigo, deslizando delicadamente a mão sobre as costas dele, para que o possa sentir junto a você.

Nos momentos de dor ou de alegria é que vemos o bem que um grande e demorado abraço nos causa.

Pelo abraço, transmitimos emoções, recebemos carinho, trocamos afeto, compartilhamos alegria, amenizamos dores, demonstramos amizade, doamos amor, expressamos nossa humanidade.

É tempo de enlaçarmos nossos braços num terno, profundo e afetuoso abraço.

Luiz Maia

A Lucidez Perigosa

Estou sentindo uma clareza tão grande

que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?
Assim como um cálculo matemático perfeito
do qual, no entanto, não se precise.
Estou, por assim dizer
vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,
e não me alcanço.
Além do que:
Que faço dessa lucidez?

Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano
- já me aconteceu antes.

Pois sei que
- em termos de nossa diária
e permanente acomodação
resignada à irrealidade -
essa clareza de realidade
é um risco.

Apagai, pois, minha flama, Deus,
porque ela não me serve
para viver os dias.
Ajudai-me a de novo consistir
dos modos possíveis.
Eu consisto,
Eu consisto,
Amem.

(Clarice Lispector)

Amor, trabalho e conhecimento

ERA UMA VEZ NUM REINO DISTANTE, um jovem entrou na floresta e disse ao
seu mestre espiritual: "Quero possuir riqueza ilimitada para poder
ajudar o mundo. Por favor conte-me qual é o segredo para se gerar
abundância?"
O mestre espiritual respondeu: "Existem duas deusas que moram no
coração dos seres humanos. Todos são profundamente apaixonados por essas
entidades supremas. Mas elas estão envoltas num segredo que precisa ser
revelado, e eu lhe contarei qual é." Com um sorriso, ele prosseguiu:
"Embora você ame as duas deusas, deve dedicar maior atenção á uma
delas, a deusa do Conhecimento, cujo nome é Sarasvati. Persiga-a, ame-a,
dedique-se a ela. A outra deusa, chamada Lakshmi, é a da Riqueza.
Quando você dá mais atenção a Sarasvati, Lakshmi, extremamente
enciumada, faz de tudo para receber o seu afeto. Assim, quanto mais você busca
a deusa do Conhecimento, mais a deusa da Riqueza quer se entregar a
você. Ela o seguirá por onde for e jamais o abandonará. E a riqueza que
você deseja será sua para sempre."

"Existe poder no conhecimento, no desejo e no espírito. E esse poder
que habita em você é a chave para a criação da prosperidade."

Deepak Chopra. Extraído do livro "Criando Prosperidade".

Psicologia e Religião Oriental

Entre nós, ocidentais, o homem é infinitamente pequeno, enquanto a graça de Deus é tudo. No Oriente, pelo contrário, o homem é deus e se salva por si próprio (Carl Gustav Jung)
Quem ousa pensar em na relação entre a alma e a idéia de Deus é logo acusado de psicologismo ou suspeito de misticismo doentio. O Oriente, pelo contrário, tolera compassivamente estes graus espirituais "inferiores" em que o homem se ocupa com o pecado devido à sua ignorância cega a respeito do karma, ou atormenta a sua imaginação com uma crença em deuses absolutos, os quais, se ele olhar um pouco mais profundamente, perceberá que não passam de véus ilusórios tecidos pelo seu próprio espírito. Por isso, a psique é o elemento mais importante, é o sopro que tudo penetra, ou seja, a natureza de Buda; é o espírito da Buda, o Uno, o Dharma-Kaya. Toda vida jorra da psique e todas as suas diferentes formas de manifestação se reduzem a ela. É a condição psicológica prévia e fundamental que impregna o homem oriental em todas as fases de seu ser, determinando todos os seus pensamentos, ações e sentimentos, seja qual for a crença que professe.

De modo análogo, o homem ocidental é cristão, independentemente da religião à qual pertença. Para ele, a criatura humana é algo de infinitamente pequeno, um quase nada. Acrescenta-se a isso o fato de que, como diz Kierkegaard, "O homem está sempre em falta diante de Deus". O homem procura conciliar os favores da grande potência mediante o temor, a penitência, as promessas, a submissão, auto-humilhação, as boas obras e os louvores. A grande potência não é o homem, mas um "totaliter alter", o totalmente outro, absolutamente perfeito e exterior, a única realidade existente. Se modificarmos um pouco a fórmula e em lugar de Deus colocarmos outra grandeza, como, por exemplo, o mundo, o dinheiro, teremos o quadro completo do homem ocidental zeloso, temente a Deus, piedoso, humilde, empreendedor, cobiçoso, ávido de acumular apaixonada e rapidamente toda a espécie de bens deste mundo tais como riqueza, saúde, conhecimentos, domínio técnico, prosperidade pública, bem-estar, poder político, conquistas etc. Quais são os grandes movimentos propulsores de nossa época? Justamente as tentativas de nos apoderarmos do dinheiro ou dos bens dos outros e de defendermos o que é nosso. A inteligência se ocupa principalmente em inventar "ismos" adequados para ocultar os seus verdadeiros motivos ou para conquistar o maior numero possível de presas. Não pretendo descrever o que sucederia a um oriental, caso se esquecesse do ideal de Buda. Não quero colocar, assim, tão deslealmente, e para nossa vantagem, o preconceito ocidental. Mas não posso deixar de propor a questão de saber se seria possível, ou mesmo conveniente para ambos os lados, imitar o ponto de vista do outro. A diferença entre ambos é tão grande que não se vê uma possibilidade de imitá-los, e muito menos ainda a oportunidade de o fazer. Não se pode misturar fogo com água. A posição oriental idiotiza o homem ocidental, e vice-versa. Não se pode ser ao mesmo tempo um bom cristão e seu próprio redentor, do mesmo modo que não se pode ser ao mesmo tempo um budista e adorar Deus. Muito mais lógico é admitir o conflito, pois se existe realmente uma solução, só pode tratar-se de uma solução irracional.

Por inevitável desígnio do destino, o homem ocidental tomou conhecimento da maneira de pensar do oriental. É inútil querer depreciar esta maneira de pensar ou construir pontes falsas ou enganadoras por sobre abismos. Em vez de aprender de cor as técnicas espirituais do Oriente e querer imitá-las, numa atitude forçada, de maneira cristã - imitatio Christi -, muito mais importante seria procurar ver se não existe no inconsciente uma tendência introvertida que se assemelhe ao princípio espiritual básico do Oriente. Aí, sim, estaríamos em condições de construir, com esperança, em nosso próprio terreno e com nossos próprios métodos. Se nos apropriarmos diretamente dessas coisas do Oriente, teremos de ceder nossa capacidade ocidental de conquista. E com isso estaríamos confirmando, mais uma vez, que "tudo o que é bom vem de fora", onde devemos buscá-lo e bombeá-lo para nossas "Quem não possui Deus desta maneira, mas tem necessidade de buscá-lo todo fora... não possui Deus de maneira nenhuma, e então é fácil que algo o perturbe"
(Meister Eckhart)');" onmouseout="nd();">almas estéreis
. A meu ver, teremos aprendido alguma coisa com o Oriente no dia em que entendermos que nossa alma possui em si riquezas suficientes que nos dispensam de fecundá-la com elementos tomados de fora, e em que nos sentirmos capazes de desenvolver-nos por nossos próprios meios, com ou sem a graça de Deus. Mas não poderemos entregar-nos a esta tarefa ambiciosa, sem antes aprender a agir sem arrogância espiritual e sem uma segurança blasfema. A atitude oriental fere os valores especificamente cristãos e não adianta ignorar estas coisas.

Se quisermos que nossa atitude seja honesta é preciso apropriarmo-nos desta atitude, com plena consciência dos valores cristãos e conscientes do conflito que existe entre estes valores e a atitude introvertida do Oriente. É a partir de dentro que devemos atingir os valores orientais e procurá-los dentro de nós mesmos, e não a partir de fora. Devemos procurá-los em nós próprios, em nosso Inconsciente. Aí, então, descobriremos quão grande é o temor que temos do inconsciente e como são violentas as nossas resistências. É justamente por causa destas resistências que pomos em dúvida aquilo que para o Oriente parece tão claro, ou seja, a capacidade de autolibertação própria da mentalidade introvertida.

Este aspecto do espírito é, por assim dizer, desconhecido no Ocidente, embora seja a componente mais importante do inconsciente. Podemos admitir com toda a tranqüilidade que a expressão oriental correspondente ao termo "mind" (mente) se aproxima bastante do nosso "inconsciente", ao passo que o termo "espírito" é mais ou menos idêntico à consciência reflexa. Para nós, ocidentais, a consciência reflexa é impensável sem um eu. Ela se equipara à relação dos conteúdos com o eu. Se não existe o eu, estará faltando alguém que possa se tornar consciente de alguma coisa. O eu, portanto, é indispensável para o processo de conscientização. O espírito oriental, pelo contrário, não sente dificuldade em conceber uma consciência sem o eu. Admite que a existência é capaz de estender-se além do estágio do eu. O eu chega mesmo a desaparecer neste estado "superior". Semelhante estado espiritual permaneceria inconsciente para nós, pois simplesmente não haveria uma testemunha que o presenciasse.

Não ponho em dúvida a existência de estados espirituais que transcendam a consciência. Mas a consciência reflexa diminui de intensidade à medida que o referido estado a ultrapassa. Não consigo imaginar um estado espiritual que não se ache relacionado com um sujeito, isto é, com um eu. O seu poder não pode subtrair-se ao eu. O eu, por exemplo, não pode ser privado do seu sentimento corporal. Pelo contrário, enquanto houver capacidade de percepção, deverá haver alguém presente que seja o sujeito da percepção. É só de forma mediana e indireta que tomamos consciência de que existe um inconsciente. Entre os doentes mentais podemos observar manifestações de fragmentos do inconsciente pessoal que se desligaram da consciência reflexa do paciente. Mas não temos prova alguma de que os conteúdos inconscientes se achem em relação com um centro inconsciente, análogo ao eu. Antes, pelo contrário, existem bons motivos que nos fazem ver que um tal estado nem sequer é provável.

O fato de o Oriente colocar de lado o eu com tanta facilidade parece indicar a existência de um pensamento que não podemos identificar com o nosso "espírito". No Oriente, o eu desempenha certamente um papel menos egocêntrico que entre nós; seus conteúdos parecem estar relacionados com um sujeito apenas frouxamente, e os estados que pressupõem um eu debilitado parecem ser os mais importantes. A impressão que se tem, igualmente, é de que a Hatha-Yoga serve, antes de tudo, para extinguir o eu pelo domínio de seus impulsos não domesticados. Não há a menor dúvida de que as formas superiores da ioga, ao procurar atingir o Samadhi, tem como finalidade alcançar um estado espiritual em que o eu se ache praticamente dissolvido. A consciência reflexa, no sentido empregado por nós, é considerado como algo inferior, isto é, como um estado de Avidya (ignorância), ao passo que aquilo a que denominamos de "pano de fundo obscuro da consciência reflexa" é entendido, no Oriente, como consciência reflexa "superior". O nosso conceito de "inconsciente coletivo" seria, portanto, o equivalente europeu do Buddhi, o espírito iluminado.

Destas considerações podemos concluir que a forma oriental da "sublimação" consiste em retirar o centro de gravidade psíquico da consciência do eu, que ocupa uma posição intermediária entre o corpo e os processos ideais da psique. As camadas semifisiológicas inferiores da psique são dominadas pela prática da ascese, isto é, pela "exercitação", e, assim, mantidas sob controle. Não são negadas ou reprimidas diretamente por um esforço supremo da vontade, como acontece comumente no processo de sublimação ocidental. Pelo contrário, poder-se-ia mesmo dizer que as camadas psíquicas inferiores são ajustadas e configuradas pela prática paciente da Hatha-Yoga, até chegarem ao ponto de não perturbarem mais o desenvolvimento da consciência "superior". Este processo singular parece ser estimulado pela circunstância de que o eu e seus apetites são represados pelo fato de o Oriente atribuir maior importância ao "fator subjetivo". A atitude introvertida caracteriza-se, em geral, pelos dados a priori da apercepção. Como se sabe, a apercepção é constituída de duas fases: a primeira é a apreensão do objeto e a segunda, a assimilação da apreensão à imagem previamente existente ou ao conceito mediante o qual o objeto é "compreendido". A psique não é uma não-entidade, desprovida de qualquer qualidade. A psique constitui um sistema definido, consistente de determinadas condições e que reage de maneira específica. Qualquer representação nova, seja ela uma apreensão ou uma idéia espontânea, desperta associações que derivam do tesouro da memória. Estas se projetam imediatamente na consciência e produzem a imagem complexa de uma impressão, embora este fato já constitua, em si, uma espécie de interpretação. Designa a disposição inconsciente, da qual depende a qualidade da impressão, que designo pelo nome de "fator subjetivo". Este merece o qualificativo de "subjetivo" porque é quase impossível que uma primeira impressão seja objetiva. Em geral é preciso antes um processo cansativo de verificação, análise e comparação, para que se possa moderar e ajustar as reações imediatas do fator subjetivo.

Apesar da propensão da atitude extrovertida a designar o fator subjetivo como "apenas subjetivo", a proeminência atribuída a este fator não indica, necessariamente, um subjetivismo de caráter pessoal. A psique e sua natureza são bastante reais. Como já assinalei, elas convertem até mesmo os objetos materiais em imagens psíquicas. Não captam as ondas sonoras em si, mas o tom: não captam os comprimentos das ondas luminosas, mas as cores. O ser é tal qual o vemos e entendemos. Existe um número infinito de coisas que podem ser vistas, sentidas e entendidas das mais diversas maneiras. Abstração feita dos preconceitos puramente pessoais, a psique assimila fatos exteriores de maneira própria que, em última análise, se baseia nas leis ou formas fundamentais da apercepção. Estas formas não sofrem alteração, embora recebam designações diferentes em épocas diferentes ou em partes diferentes do mundo. Em um nível primitivo, o homem teme os magos e feiticeiros. Modernamente, observamos os micróbios com igual medo. No primeiro caso, todos acreditam em espíritos; no segundo, acredita-se em vitaminas. Antigamente, as pessoas eram possuídas pelo demônio; hoje elas o são, e não menos, por idéias etc.

O fator subjetivo é constituído, em última análise, pelas formas eternas da atividade psíquica. Por isto, todo aquele que confia no fator subjetivo está se apoiando na realidade dos pressupostos psíquicos. Se, agindo assim, ele consegue estender a sua consciência para baixo, de sorte a poder tocar as leis fundamentais da vida psíquica, estará em condições de entrar na posse da verdade que promana naturalmente da psique, se esta não for, então, perturbada pelo mundo exterior não-psíquico. Em qualquer caso, esta verdade compensará a soma dos conhecimentos que podem ser adquiridos através da pesquisa do mundo exterior. Nós, do Ocidente, acreditamos que uma verdade só é convincente quando pode ser constatada através de fatos externos. Acreditamos na observação e na pesquisa o mais exata possível da natureza. Nossa verdade deve concordar com o comportamento do mundo exterior, pois, do contrário, esta verdade será meramente subjetiva. Da mesma forma que o Oriente desvia o olhar das múltiplas formas aparentes da Maya, assim também o Ocidente tem medo do inconsciente e de suas fantasias vãs. O Oriente, no entanto, sabe muito bem haver-se com o mundo, apesar de sua atitude introvertida; o Ocidente também sabe agir com a psique e suas exigências, apesar de sua extroversão. Ele possui uma instituição, a Igreja, que confere expressão à psique humana, mediante seus ritos e dogmas.

Carl Gustav Jung; Psicologia e religião oriental (Ed. Vozes)

Manifestação

Se a realidade de nossas vidas é a manifestação de nossos pensamentos e intenções, precisamos estar sempre atentos quanto àquilo que poderemos materializar.

Pensamentos destrutivos e sentimentos contraditórios geram um campo de energia totalmente desarmonioso, que jamais poderá resultar na criação de uma existência plena de equilíbrio e harmonia.

Não é de admirar que o mundo se encontre nesse estado caótico, visto que ele é resultado da loucura e do caos interior que predomina na maioria dos seres humanos.

Mas, se cada um de nós, individualmente, empenhar-se para modificar a própria realidade pessoal e também aquela que se encontra ao seu redor, certamente conseguiremos modificar esse estado de coisas.

Temos a total possibilidade de obter o controle consciente de nossos pensamentos e emoções, para curar e manter nosso corpo físico saudável e pleno de energia vital.

Entretanto, este potencial tem sido sufocado pela predominância da negatividade em nossa mente. Somente uma intenção firme e uma vontade inabalável de experimentar o êxtase que habita em nosso interior, poderão nos ajudar a alcançar esta preciosa dádiva.

Concentremo-nos, a cada dia, em acessar os recursos que o divino coloca, cada vez mais, ao alcance daqueles que desejam contribuir de forma decisiva para criar uma nova humanidade.

“...uma nova alvorada para toda a raça humana, uma nova inocência, uma nova infância, uma nova satyuga – a era da verdade – uma nova idade de ouro é possível. Mas as pessoas positivas têm de dar um passo corajoso para expressar a si mesmas. Elas não têm feito isto ao longo da história.

Elas usufruíram suas experiências e pensaram que seu trabalho estava terminado. Eu quero lembrá-los frequentemente: quando você tem algo para compartilhar, não fique aí, compartilhe-o. A humanidade precisa disso mais do que nunca, de pessoas que podem criar nova esperança para uma nova alvorada.”

Osho, The New Dawn.

“... Estes eu tenho chamado os três passos da iluminação:

O primeiro passo, o Buda vem atrás de você como uma presença – muito sólida, muito tangível, você pode senti-lo. Você pode sentir sua fragrância, você pode sentir seu poder, ele preenche você com grande alegria.

O segundo passo, o Buda vem à sua frente; você se torna a sombra. E lentamente, lentamente, a sombra começa a desaparecer.

O terceiro passo, você não é mais. Nem mesmo uma sombra é deixada, somente o Buda permanece – uma consciência transparente, uma vida eterna. Aqueles que vieram para esta experiência são as pessoas reais, que podem celebrar a vida.

Eu celebrei a mim mesmo.
E eu quero que todos vocês celebrem a si mesmos.
Tornem-se uma dança, tornem-se uma canção.
Tornem-se um lótus, tornem-se uma primavera”.

Osho, I celebrate myself.


Elisabeth Cavalcante: Taróloga, Astróloga,
Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.

Guarde essas palavras em seu coração...

Não espere o vento soprar na sua direção,
Nem corra atrás do vento.
A vida está dentro de você
E viver este dia é o melhor que você pode fazer.
Não deixe alguém esperando pela sua palavra.
Abra o seu coração e olhe para a dor da humanidade.
Do seu lado pode estar alguém que sofre em silêncio.

Não se feche nem retenha as coisas boas.
Solte, libere a sua melhor parte.
Há muitas mãos estendidas,
Há muitos rostos chorando,
Há muitas vidas precisando de você.
Há dor no mundo! Há fome! Há luta!
Há dor sobretudo NA ALMA das pessoas.
Você pode, se você acha que pode.
Faça algo neste dia...

Pode ser que amanhã a sua palavra
Fique presa na garganta porque
A morte se sobrepõe a vida.
Não retenha a sua fidelidade,
O seu gesto de amor,
A sua solidariedade,
A sua amizade,
O seu melhor sentimento.

Não sabemos o que nos espera no próximo minuto.
Uma existência pode se esvair num segundo.
Faça a sua parte no mundo.
Não silencie, não se omita.

Pode ter certeza.
Algum coração neste momento bate por você,
Uma alma ferida precisa das suas palavras,
Um amigo espera seu gesto,
Um faminto espera o pão, um doente a cura,
Alguém que você nem conhece deseja
Intensamente estar vivo e no seu lugar.

Deus habita no meio daquele
Que tem o maior sentimento do universo:
O AMOR
Ama teu próximo - como a ti mesmo.

(Dulce Regina Breim)