Tempo de RECOMEÇO

Quer saber?
Hoje acordei diferente, resolvi mudar... Resolvi erguer a cabeça.
Tomei essa decisão após olhar minha imagem refletida no espelho.
Aquela mulher, ali vista, apresentava as seguintes características:
• Olheiras, devido às noites mal dormidas;
• Pálpebras inchadas, devido às lágrimas;
• Lábios brancos, devido à má alimentação;
• Pele amarelada, devido às disfunções estomacais...
• O corpo, anteriormente voluptuoso, em uma semana tornou-se pele e osso.
• Os cabelos estavam despenteados e as unhas mal feitas...
Isso sem contar com o olhar fosco, sem brilho.
Tudo isso ocasionado por causa de um desencontro amoroso...
Será mesmo que existe homem no mundo que mereça tanto sacrifício?
Lógico que a resposta é não.

Uma mulher bonita, inteligente, alegre, carinhosa, de bem com a vida, simpática e querida merece alguém selecionado. Percebi que minha vida amorosa segue estrictamente a lei de Darwin: “Somente o mais apto sobreviverá.” Segundo o enunciado desta lei, os mais fracos serão de alguma forma selecionados negativamente... Os homens que até agora passaram pela minha vida se mostraram fracos, por isso não foram selecionados. Demorei, mas compreendi isso.

E quem seria o mais apto? Não se sabe... A única certeza é que este merecerá minhas lágrimas, unicamente por não me fazer chorar. Se a seleção natural demora milhares de anos para certos seres, e pouco para outros, posso estar no primeiro grupo. Demora, mas ocorre... é só saber esperar!

Notei que há coisas mais importantes na vida, pois ela passa muito rápido. Chorar não resolve nada, depressão menos ainda.

É hora de cuidar de mim. Os lábios, anteriormente brancos, retornarão às cores do batom... As pálpebras desincharão pela falta do choro. As disfunções estomacais, como eram razões de nervosismo, serão curadas, e junto com a cura vem o retorno da cor da pele... O corpo tornará a ser voluptuoso, com a volta às atividades físicas... Unhas e cabelos? É o de menos! Em menos de três horas resolve-se. Sim! Chegou a hora de cuidar de mim, e devolver o brilho ao olhar.

Aprendi que devo amar muito mais a mim mesma do que a qualquer pessoa. Quem vai me amar, se eu não ME amar?

A todas as mulheres que sofreram desilusão: nenhum homem merece o nosso sofrimento. Pensem bem, e rapidamente, antes de acabarem consigo.

E um último recado àqueles que invejam minha felicidade, ou desejam a minha infelicidade: Vocês não conseguiram, e nem vão conseguir.

Texto de Fernanda Pegorini

OUÇA A VOZ DO SEU CORAÇÃO

Nosso coração é sábio! Quando você for tomar uma decisão difícil, feche os olhos e ouça o que ele tem a dizer. Nessa voz você encontrará tudo que realmente interessa. As verdades da alma nos confortam e mostram o melhor caminho a seguir. Algumas vezes o coração nos oferece alguns perigos. Mas saiba que eles são necessários para você se fortalecer e amadurecer.

Quanto mais forte e madura você for, mais fácil perceberá os sinais que o coração lhe dá. Assim, fica mais fácil tomar as decisões certas em cada momento da sua vida. A razão é necessária, claro. Mas não se esqueça de que toda emoção tem um fundo de razão. Portanto, uma é capaz de complementar a outra.

Então, se você sentiu ou pressentiu algo, fique alerta. Essas sensações são maneiras que o coração encontra de se manifestar, de “falar” com você. Nada de se preocupar com o julgameno alheio, pois você tem todo o direito de baixar a guarda e se deixar levar pelos sentimentos. Quem é que disse, afinal, que precisamos ser racionais o tempo inteiro? Longe disso. A serenidade e a segurança que buscamos estão dentro da gente.

(mensagem da Karlinha)

CONQUISTE A SUA PAZ


Na maior parte do tempo, somos dominados pelos pensamentos e, sobretudo, pela influência alheia. Por essas e outras é que o coração não costuma assumir um papel lá muito importante na nossa vida.

Eis a grande armadilha! Não sei se você já percebeu, mas desde a sua infância as pessoas fazem um trabalho muito “bom” com a sua cabeça - e, o que é pior, você permite. Fazem você duvidar de si mesma, achar que não tem valor nenhum e sentir medo de ser diferente.

Muito bem, proponho um desafio: se você fosse louca e não precisasse se preocupar com nada, qual a primeira coisa que faria? Vamos lá, pense! Seria viajar? Largar a família? Não pagar mais nenhuma conta? Pois bem: é isso que seu coração quer. Veja bem, esses impulsos, quando não ouvidos, acabam desvinculando a nossa essência da vida que levamos. A função da mente é adaptar, administrar esses impulsos. Sim, pessoal, ela pode ajudar você a satisfazer os desejos da sua alma. Mas se você negar essa realidade, jamais terá paz espiritual.

O que eu quero dizer com tudo isso é que você não deve alimentar medos infundados. Definitivamente, sua filosofia, sua religião e seus valores não são seus guias. Seu melhor guia é a essência, e ela vai conseguir se realizar - custe o que custar. Depois de ler esta coluna, quero que você adquira uma consciência espiritual mais clara, o suficiente para virar a mesa. Você pode atender os seus desejos, desde que eles sejam colocados nos lugares certos. Siga o exemplo de uma certa garota cujo sonho era viajar o mundo todo: ela arrumou um emprego em que viajar é a função principal. É isso mesmo: você precisa dar um jeito de adaptar os desejos à realidade. É o que eu tratei de fazer: adoro aparecer e estar no primeiro plano, e encontrei no meu trabalho de ajudar as pessoas uma maneira saudável de atender a minha vontade.

Por fim, vale dizer que temos de fazer o que realmente gostamos. Então, como satisfazer esses desejos que emergem do espírito? Minha dica é a seguinte: não dê bola para as convenções sociais. Não seja daquelas que se despedem de todos que estão numa festa apenas por educação. Pare com isso! Não se deixe dominar pelos outros. Respeite-se, coloque-se no primeiro lugar da fila. Sabe aquele papo cristão de que para ter paz todos precisam se amar? Grande bobagem! Vamos lá: procure ouvir o seu coração. Arranje coragem e, se for necessário, largue tudo. Se você tem essa coragem e considera a paz interior algo fundamental, pare de buscar isso nas pessoas, nos planos futuros e nas coisas que faz.

Em vez disso, caminhe para dentro de si, pois é exatamente aí que sua paz espiritual começa. Seus olhos ficarão mais brilhantes e a vida começará a fluir com magia e facilidade. Nessa fase, há uma completa ausência de medo, de culpa e de obrigação para com o mundo. Quando agimos em nós mesmos, o ambiente todo muda - e muda para muito melhor... Experimente!

Autor: Luiz Antonio Gasparetto

Chorar faz bem

(...) Comecei a ficar mais atenta às verdadeiras razões dos meus choros, que, aliás, costumam ser raros. Já aconteceu de eu quase chorar por ter tropeçado na rua, por uma coisa à-toa. É que, dependendo da dor que você traz dentro, dá mesmo vontade de aproveitar a ocasião para sentar no fio da calçada e chorar como se tivéssemos sofrido uma fratura exposta. Qualquer coisa pode servir de motivo. Chorar porque fomos multados, porque a empregada não veio, porque o zíper arrebentou bem na hora de sairmos pra festa. Que festa, cara-pálida? Por dentro, estamos em pleno velório de nós mesmos, chorando nossa miséria existencial, isso sim. Não pretendo soar melodramática, mas é que tem dias em que a gente inventa de se investigar, de lembrar dos sonhos da adolescência, de questionar nossas escolhas, e descobre que muita coisa deu certo, e outras não. Resolve pesar na balança o que foi privilegiado e o que foi descartado, e sente saudades do que descartou. Normal, normalíssimo. São aqueles momentos em que estamos nublados, um pouco mais sensíveis do que gostaríamos, constatando a passagem do tempo. Então a gente se pergunta: o que é que estou fazendo da minha vida? Vá que tudo isso passe pela sua cabeça enquanto você está trabalhando no computador. De repente, a conexão cai, e em vez de desabafar com um simples palavrão, você faz o quê? Cai no berreiro. Evidente. Eu sorrio muito mais do que choro, razões não me faltam para ser alegre, mas chorar faz bem, dizem. Eu não gosto. Meu rosto fica inchado e o alívio prometido não vem. Em público, então, sinto a maior vergonha, é como se estivesse sendo pega em flagrante delito. O delito de estar emocionada. Mas emocionar-se não é uma felicidade? Neste admirável mundo de contradições em que a gente vive, podemos até não gostar de chorar, mas trata-se apenas da nossa humanidade se manifestando: a conexão do computador, às vezes, cai; por outro lado, a conexão conosco mesmo, às vezes, se dá. Sendo assim, sou obrigada a reconhecer: chorar faz bem, não importa o álibi. É sempre a dor do crescimento.

Martha Medeiros

Canção da estrela murmurante


Um presente DIVINO

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida. Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu. Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês. Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente divino - o amor.

Se um dia tiverem que pedir perdão um ao outro por algum motivo e em troca receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro. Se por algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com ela em qualquer momento de sua vida. Se você conseguir, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado... Se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados... Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite... Se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado... Se você tiver a certeza que vai ver a outra envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela... Se você preferir morrer, antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida. É uma dádiva. Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro. Ou às vezes encontram e, por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente. É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: o amor.


Carlos Drummond Andrade

Sentir-se amado

O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama. Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado. Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se. A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também? Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois. Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho". Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato." Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta. Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.

Martha Medeiros

A despedida do amor

Existe duas dores de amor. A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão envolvidos que não conseguimos ver luz no fim do túnel. A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel. Você deve achar que eu bebi. Se a luz está sendo vista, adeus dor, não seria assim? Mais ou menos. Há, como falei, duas dores. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por ninguém. Dói também. Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir de uma época bonita que foi vivida, passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação com a qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente e que só com muito esforço é possível alforriar. É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a dor-de-cotovelo propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: eu amo, logo existo. Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente.

(Martha Medeiros)

Aos que não casaram....

Aos que não casaram,
Aos que vão casar,
Aos que acabaram de casar,
Aos que pensam em se separar,
Aos que acabaram de se separar.
Aos que pensam em voltar...

Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja.
O AMOR É ÚNICO,
como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.

A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue,
A SEDUÇÃO
tem que ser ininterrupta...

Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia
SER ETERNA

Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada,
RESPEITO.
Agressões zero.

Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver
BOM HUMOR
para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar.

Amar só é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem, visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.
Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar "solamente", não basta.

Entre homens e mulheres que acham que
O AMOR É SÓ POESIA,
tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.

O amor é grande, mas não são dois.
Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Artur da Távola

Crônica do Amor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo na porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso só são referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu duzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobolizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca a sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama esse cara?

Não pergunte para mim; você é inteligente, lê livros, revistas, jornais, gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita, seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente= dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior do que se precisa.

Arnaldo Jabor

A Lição da Borboleta


Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo, um homem sentou e observou a borboleta por várias horas conforme ela se esforçava para
fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco. Então pareceu que ela parou de fazer qualquer progresso.

Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais longe. Então o homem decidiu ajudar a borboleta, ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que iria se afirmar a tempo.

Nada aconteceu. Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta

para passar através da pequena abertura era o modo com que Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas de modo que
ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.

Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida.
Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar.

Eu pedi Força... e Deus me deu Dificuldades para me fazer forte.
Eu pedi Sabedoria... e Deus me deu Problemas para resolver.
Eu pedi Prosperidade... e Deus me deu Cérebro e Músculos para trabalhar.

Eu pedi Coragem... e Deus me deu Perigo para superar.
Eu pedi Amor... e Deus me deu pessoas com Problemas para ajudar.
Eu pedi Favores... e Deus me deu Oportunidades.
Eu não recebi nada do que pedi... Mas eu recebi tudo de que precisava."

Autor desconhecido

NÃO DAREI VALOR ÀS COISAS QUE NÃO TÊM VALOR

É sábio aprender as leis que pões em movimento ao escolheres e as alternativas entre as quais escolhes.

Não darei valor às coisas que não têm valor.

Às vezes, no ensino há benefício em trazer o aluno de volta a interesses práticos, particularmente depois de teres ensinado o que parece ser teórico e distante do que o aluno já aprendeu. É o que faremos hoje. Hão falaremos de elevadas idéias que abrangem o mundo, mas, ao invés, disso nos deteremos nos benefícios para ti.

Tu não pedes muito da vida, mas pouco demais. Quando deixas que tua mente seja atraída para o que concerne ao corpo, por coisas que compras, por prestígio tal como é valorizado pelo mundo, estás pedindo o pesar e não a felicidade. Esse curso não tenta tirar de ti o pouco que tens. Não tenta substituir as satisfações que o mundo contém com idéias utópicas. Não há nenhuma satisfação no mundo.

Hoje vamos enumerar os critérios reais pelos quais pode-se testar tudo aquilo que pensas querer. Se não preencherem esses requisitos básicos, não são dignos de serem desejados de forma alguma, pois só podem ocupar o lugar daquilo que oferece mais. Não podes fazer as leis que governam a escolha, da mesma forma que não podes inventar alternativas entre as quais escolher. O que podes fazer é escolher, aliás, é o que tens que fazer. Mas é sábio aprender as leis que pões em movimento ao escolheres e as alternativas entre as quais escolhes.

Já enfatizamos que só existem duas alternativas, independente de quantas pareçam haver. O raio de ação foi estabelecido e isso nós não podemos mudar. Seria muito pouco generoso para contigo deixar que as alternativas fossem ilimitadas e, assim, protelar a tua escolha final até que tivesses considerado todas elas no tempo, ao invés de seres trazido de forma tão clara ao lugar onde só há uma escolha que não pode deixar de ser feita.

Outra lei benigna relacionada a isso, é que não há transigências naquilo que a tua escolha necessariamente traz. Ela não pode te dar só um pouco, pois não há meio termo. Cada escolha que fazes te traz tudo ou nada. Portanto, se aprenderes os testes pelos quais podes distinguir o tudo do nada, farás a melhor escolha.

Primeiro, se escolheres uma coisa que não vá durar para sempre, o que escolhes não tem valor. Um valor temporário não tem nenhum valor. O tempo nunca poderá tirar um valor que é real. Aquilo que murcha e morre nunca existiu e não faz nenhuma oferenda àquele que o escolhe. Ele é enganado pelo nada sob uma forma da qual pensa gostar.

Em seguida, se escolheres tirar alguma coisa de alguém, não ficarás com nada. Isso porque ao negares o seu direito a todas as coisas, negaste o teu próprio. Portanto, não reconhecerás as coisas que realmente tens, negando que elas existam. Aquele que busca tirar foi enganado pela ilusão de que a perda pode oferecer o ganho. Mas a perda não pode deixar de oferecer perda, e nada mais.

A tua próxima consideração é aquela em que se baseiam as outras. Por que a escolha que fazes tem valor para ti? O que atrai a tua mente para ela? A que propósito ela serve? É aqui que se é mais facilmente enganado. Pois o ego falha em reconhecer o que quer. Ele nem diz a verdade tal como a percebe, pois precisa manter a auréola que usa para proteger as suas metas, não deixando que fiquem manchadas e enferrujadas para que possas ver o quanto ele é "inocente".

No entanto, a sua camuflagem é um verniz fino que só pode enganar àqueles que se contentam em ser enganados. As suas metas são óbvias para qualquer um que se dê ao trabalho de procurá-las. Aqui, o engano é duplo, pois aquele que é enganado não perceberá que apenas falhou em ganhar. Ele acreditará que serviu às metas ocultas do ego.

Mas, embora ele tente manter a auréola do ego com clareza na própria visão, não pode deixar de perceber as suas bordas manchadas e o seu núcleo enferrujado. Os seus equívocos sem efeito lhe parecerão pecados, pois olha para essa mancha como se fosse sua, e para a ferrugem como um sinal de uma profunda falta de valor dentro de si mesmo. Aquele que ainda preserva as metas do ego e as serve como suas, não comete equívocos segundo os ditames do seu guia. Esse guia ensina que é um erro acreditar que pecados não passam de equívocos, pois quem sofreria pelos seus pecados se assim fosse?

E, assim, vimos ao critério de escolha mais difícil de se acreditar, pois a sua evidência está encoberta por muitos níveis de obscuridade. Se sentes qualquer culpa pela tua escolha, permitiste que as metas do ego se interpusessem entre as alternativas reais. E, assim, não reconheces que só há duas e a alternativa que pensas ter escolhido te parece amedrontadora e por demais perigosa para ser o nada que, de fato, é.

Todas as coisas têm ou não valor, são ou não são dignas de serem buscadas seja como for; são inteiramente desejáveis ou não valem o menor esforço para obtê-las. Escolher é fácil só por causa disso. A complexidade nada mais é do que um véu de fumaça que esconde o fato muito simples de que nenhuma decisão pode ser difícil. O que ganhas aprendendo isso? Muito mais do que apenas te permitires fazer tuas escolhas com facilidade e sem dor.

O próprio Céu é alcançado com mãos vazias e mentes abertas, que vêm sem nada para tudo achar, reivindicando tudo como seu. Hoje tentaremos alcançar esse estado, deixando o auto-engano de lado, com uma honesta disponibilidade para só dar valor ao que é verdadeiramente valioso e real. Os nossos dois períodos de prática prolongados, de quinze minutos cada um, começam com isso:

Não darei valor àquilo que não tem valor, e só busco o que tem valor, pois é só isso que desejo achar.

E então recebe aquilo que espera por todo aquele que alcança, sem cargas, a porta do Céu que se abre à medida que ele vem. Se começares a te permitir colecionar alguns fardos inúteis, ou acreditar que vês algumas decisões difíceis à tua frente, sê rápido em responder com esse simples pensamento:

Não darei valor àquilo que não tem valor, pois o que tem valor pertence a mim.


UCEM Livro de Exercícios lição 133

MAGIA & CIÊNCIA


"Mantenha no coração um pequeno santuário
para o incompreensível: é aí que reside a magia.
Minha vida é um ponto de interrogação...
Ou livro aberto, mas sem tradução..."
(LM)


“A magia é a ciência e a prática das influências.

Se um objeto ou um ser exerce sobre o mundo circundante uma influência favorável, fala-se de magia branca; porém, se perturba, desorganiza e destrói, fala-se de magia negra.

Nesse sentido, pode-se considerar que tudo é magia: os gestos, as palavras,os olhares, os sons, as cores, as formas geométricas... O mesmo vale para os animais, plantas e minerais: na medida em que agem sobre os seres - atraindo ou repelindo, curando ou adoecendo - eles possuem um poder mágico.

Quando olhamos o sol, as estrelas, as montanhas, os lagos...
Sentimos que eles agem sobre nós e nos influenciam.
E nós também, de certo modo, os influenciamos.

No Universo, tudo é magia, pois tudo é influência recíproca.

Quando compreenderem isso, e se esforçarem para pensar, sentir e agir de maneira construtiva e harmoniosa, vocês se tornarão um mago branco."


"A ciência, tanto quanto a religião, é responsável pela evolução da humanidade.
Os verdadeiros cientistas são aqueles que vêem as conseqüências que as suas descobertas podem ter em todos os campos da existência,inclusive no campo psíquico, pois o mundo físico e o mundo psíquico obedecem às mesmas leis, e cada descoberta no mundo físico pode ter também uma aplicação no mundo psíquico.

Os físicos fizeram descobertas sobre as ondas e as correntes de forças que circulam no espaço, sobre a luz e a sua potência.

As aplicações práticas que derivaram disso são, seguramente, extraordinárias: o telefone, o rádio, a televisão, o laser... e muitas outras!

Mas os seres humanos, que benefícios tiraram disso para a sua evolução? Deveriam ter compreendido que eles mesmos são transmissores e receptores de ondas e de correntes, e que o pensamento possui os mesmos poderes da luz.

É perigoso querer encontrar no progresso científico apenas aplicações materiais que tornem a vida mais fácil...

Para ser um verdadeiro progresso, o progresso científico deve indicar novas orientações psíquicas e espirituais."



Omraam Mikhaël Aïvanhov

Dias das Crianças

Certa vez, uma mãe viu seu filhinho sentado em um canto da sala, recitando alto as letras do alfabeto: a, b, c, d, e, f, g...
Intrigada, ela se aproximou e lhe perguntou: filho, o que você está fazendo?


Mamãe, você me disse para eu orar sempre a Deus. Acontece que eu não sei como fazer. Então resolvi ir dizendo o alfabeto inteiro para Deus, pedindo que faça uma boa oração c
om essas letras.
O fato poderia ser tomado como uma dessas coisas de criança se não houvesse tanta fé na simplicidade do gesto. Simplicidade que esquecemos muitas vezes.


Quantas vezes dizemos que não sabemos orar ou como nos dirigir ao Cria
dor. Chegamos a pedir a outros que orem por nós, pelas nossas necessidades, pelos nossos afetos, porque não sabemos como orar.

E é tão simples. Orar é dialogar com quem é o maior responsável pela no
ssa vida, por tudo que somos, desde que nos originamos da sua vontade: Deus.

Não há necessidade de palavras difíceis, rebuscadas ou decoradas. A oraç
ão deve ser espontânea, gerada pela necessidade do momento. Ou por um momento de intensa alegria, uma conquista concretizada, um objetivo alcançado.

Já nos ensinou o Mestre Galileu em seu tempo: não creiais que por muito falardes, sereis ouvidos. Não é pela multiplicidade das palavras que sereis atendidos.


E sabiamente ainda ensinou Jesus que se devia orar ao Pai em secreto. Portanto, existem muitas preces que nem chegam a ser proferidas. Explodem da alma para os céus sem que os lábios tomem parte, sem que as cordas vocais sejam acionadas.


Deus vê o que se passa no fundo dos corações. Lê o pensamento dos seus filhos.
A oração pode se tomar incessante em nossas vidas sem que haja necessidade de tomarmos qualquer postura especial. A prece pode ser de todos os instantes, sem nenhuma interrupção dos nossos trabalhos.


Pode consistir no ato de reconhecimento a Deus quando escapamos de um acidente que poderia ser fatal. Pode ser um momento de êxtase pela beleza do oceano que joga suas ondas contra as rochas, desejando arrebatá-las para o seu seio.

Ou, ainda, ante o espetáculo de cores do arco-íris após a tormenta que despetalou as rosas.
Sem fórmulas prontas, sem palavras encomendadas ou de difícil pronúncia.

Rogar, agradecer. Exatamente como a criança que ganha um brinquedo, pula no colo do pai, e diz sorrindo: obrigado, papai. Adorei.

Ou, quando, súplice, pede: papai compra um sorvete? Ah, por favor. Compra, p
apai.
Singeleza, simplicidade. É assim que devemos dialogar com Deus, nosso Pai.
Deus, em sua infinita misericórdia, criou um canal especial de comunicação para que a qualquer hora, em qualquer lugar, todo ser pensante pudesse falar com ele.

Este canal chama-se prece. Acessível ao pobre, ao abastado, ao letrado e ao desprovido d
e recursos intelectuais. À criança e ao adulto; a quem crê e até mesmo a quem não crê mas que um dia se dá conta que é muito confortador ter um Pai que escuta sempre, atende e socorre.
Não se esqueça de usar o seu canal especial de comunicação.

Fonte: Momento Espírita, a partir do cap. “A oração de uma criança”, da obra Histórias para o coração da mulher, de Alice Gray e do cap. XXVII, item 22 de O Evangelho segundo o Espiritismo.


Origem do dia das Crianças:

No Brasil é comemorado juntamente com o dia de Nossa Senhora Aparecida em 12 de outubro.

O Dia das Crianças no Brasil foi criado por um político, na década de 1920. O Deputado Federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de criar um dia em homenagem às crianças. Os deputados aprovaram a idéia e o dia 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, através do Decreto nº 4.867, de 5 de novembro de 1924.

Mas, somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela decidiu fazer uma promoção em conjunto com a Johnson & Johnson, para aumentar suas vendas, lançando a "Semana do Bebê Robusto", é que a data passou a ser comemorada.

A estratégia deu tão certo, que desde então o dia das Crianças passou a ser comemorado com muitos presentes!

Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança para aumentar as vendas.

No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto. Só a partir dai o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos.

Muitos países comemoram o dia das Crianças em 20 de novembro, data que a ONU reconhece como dia Universal das Crianças por ser quando se comemora a aprovação da Declaração dos Direitos da Criança.

"A melhor maneira de tornar as crianças boas, é torná-las felizes". Oscar Wilde

"O correr das águas,a passagem das nuvens,o brincar das crianças,o sangue nas veias.Esta é a música de Deus". (Hermann Hesse)

Ser bem-humorado é uma escolha


Você conhece alguém que é pessimista, o tempo todo? O tipo de sujeito para quem nada está bom e vive dizendo que a coisa está feia e vai piorar? E aquele outro que está sempre de mau humor, cara amarrada, que só falta lhe responder, quando você chega de manhã no trabalho e o cumprimenta, com um sorriso:

- Bom dia, por quê?

E vai dizer que não se lembra de uma colega que é ansiosa até dizer chega? Que fica sofrendo por antecipação pelas coisas, rói as unhas, fica com tique nervoso, fala pelos cotovelos e quase estraga o passeio ou o fim de semana da turma ou família porque simplesmente não pára de falar no que a aflige?
Pois é, quase todo mundo conhece gente assim. Que é negativa (alguns até parecem que andam com aquela nuvenzinha negra sobre a cabeça, que nem personagem de desenho animado!) vive emburrada ou numa ansiedade extrema, tóxica. Talvez, você próprio esteja um pouco assim, ainda que sem querer ou perceber.

Acontece que nossas atitudes, nosso humor e estado de espírito têm um peso muito grande não só no clima que criamos ao nosso redor no trabalho, em casa ou entre amigos, como também na nossa própria saúde. Permita-me contar um pouco sobre dois estudos que podem fazer você pensar um pouco sobre o assunto.
O impacto de nossas emoções na mente e no corpo.

Howard Friedman, pesquisador da Universidade da Califórnia, constatou através de seus estudos que a presença de emoções negativas constantes, associadas com a ansiedade, duplicam a propensão a uma extensa variedade de doenças. Isto é, se a pessoa está sempre mal-humorada, nervosa, triste ou ansiosa tem duas vezes mais chances de ficar doente. E não estamos falando de gastrite ou dor de cabeça, apenas. Há doenças graves causadas por isso.

A Associação Americana de Psiquiatria realizou outra pesquisa, utilizando exames de ressonância magnética, com dois grupos de pessoas:

1 - mulheres que haviam sofrido, repetidas vezes, abuso sexual;

2 – veteranos de guerra.

Ou seja, indivíduos que tinham passado por experiências negativas, que mexeram com suas emoções de forma muito forte e por períodos prolongados.

A ressonância magnética permite, como você sabe, criar imagens 3D do órgão examinado. Pois bem, as ressonâncias revelaram que a área responsável pela memória, chamada hipocampo, dessas pessoas, havia... encolhido! Era significativamente menor que a de outros. É mais ou menos como se o cérebro dissesse “não quero me lembrar mais daquelas coisas horríveis”. Então, simplesmente, reajustou-se, reduzindo o tamanho da parte que cuida das lembranças...

A conclusão a que os estudiosos chegaram, a partir desse trabalho: as experiências vividas, marcantes ou constantes, podem alterar não só a bioquímica, mas a estrutura do cérebro. Trocando em miúdos: emoções negativas constantes, afetam não só o funcionamento de seu cérebro, mas podem mexer até com a própria constituição dele.

Pensamento: um acontecimento bioquímico.

Cada pensamento que você tem é um acontecimento bioquímico. Se for negativo, tem efeito instantâneo em cada célula, gerando ansiedade, depressão, fadiga.

A boa notícia é que o contrário também é verdadeiro: se seus pensamentos são bons, se você decide adotar uma postura bem-humorada, positiva, otimista, seu corpo também responde, e o faz sentir-se bem mais saudável.
Não é à toa que a forma com que doentes encaram sua moléstia tem tanta importância no processo de recuperação. O psicológico tem muito peso, na cura.

Da mesma maneira como você deve conhecer pessoas que se comportam de forma negativa como mencionei no início deste artigo, também deve se lembrar de algumas que estão sempre sorrindo, parecendo estar sempre bem. Mesmo com os problemas que, muitas vezes, você sabe que têm.

O que faz com que ajam assim? São geneticamente mais aptas para enfrentar as adversidades, ou algo parecido? Não, normalmente são pessoas que simplesmente escolhem não se entregar, diante das fases ruins. Decidem lutar, acreditam que podem reverter a situação. Que tudo se ajeita, com trabalho e boa fé e que as coisas ficam mais fáceis se um sorriso lhes adorna a face...

Stephen Covey, escritor e consultor norte-americano, autor de “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes”, diz: não é o que nos fazem, que nos deixa mal. É a resposta que damos ao fato.



Para refletir


Como você tem se comportado nas últimas semanas? Tem conseguido buscar serenidade dentro de si para encarar o que não está tão bem? Energia para trabalhar o que está bom, mas pode ficar ainda melhor? Ou tem ficado nervoso, irritado, ansioso?

Cuidado com a ansiedade: concentre-se nos problemas sobre os quais você tem alguma influência, pode agir e, a partir de sua ação, resolver ou melhorar a situação. Ficar ansioso quando você não pode fazer nada, só trará mais problemas.

Então, pense um pouco nessas coisas. Ficar o tempo todo triste, mal-humorado ou ansioso pode deixá-lo, como você viu, doente. Procure adotar um comportamento mais sereno, bem-humorado, confiante. Simplesmente escolha ser assim. E trabalhe isso.

Não que uma postura positiva, por si só, vá resolver seus problemas. Mas, além de lhe fazer bem, com certeza o deixará num estado muito mais interessante, atento para oportunidades e idéias que você talvez nem percebesse, se não tivesse optado por... sorrir.

Douglas Peternela: Consultor Sênior do Instituto MVC Autor de dois livros sobre a utilização de filmes em processos de mudança.